Buraco da Minhoca

A balada da vez em São Paulo tem um nome curioso, divertido e – vamos falar a verdade – não especialmente convidativo: Buraco da Minhoca. E por que a festa tem dado tanto o que falar? Simples: é um lugar onde todo mundo vai e dança junto. Lá não tem entrada, valet, lista ou ostentação no camarote. O povo é quem manda.

Além da ocupação das ruas, a festa traz conceitos como o faça-você-mesmo do punk e o hedonismo maratonista da música eletrônica

A festa nasceu em janeiro, durante a comemoração do aniversário da cidade, quando um grupo de DJs, artistas e performers botou um som no túnel entre o Minhocão e a Rua Augusta, debaixo da Praça Roosevelt, no centro histórico. O lugar foi ideal, já que o tráfego de veículos é proibido durante a madrugada e conta com uma ótima iluminação “anti-mendigos”.

O fotógrafo Chico Tchello foi quem começou O Buraco, com uma caixa de som presa ao corpo

O túnel logo ficou lotado e a festa, que não durou muito por causa de uma intervenção policial, deixou um gosto de quero mais. O sucesso fez com que surgissem novas edições, mesmo sem todos os trâmites burocráticos totalmente resolvidos.

A boa notícia é que hoje já está tudo regularizado e o Buraco está liberado para o agito. O último foi no carnaval e infelizmente ainda não há previsão de quando vai rolar o próximo. Curtiu? Então dá um like lá página do Facebook, e fica ligado, pois como uma boa festa “okupa”, tudo é marcado em cima da hora.

O surgimento do Buraco fez com que a prefeitura derrubasse a lei que proibia manifestações culturais eventuais que ocorressem sem aprovação prévia

O Buraco da Minhoca é mais um dos eventos de ocupação de espaços urbanos que ocorrem mundo afora. A facilidade de organização pelas redes sociais, a animação e a vontade de gastar pouco para se divertir bastam para que jovens decidam, simplesmente, ir para as ruas e fazer delas sinônimo de diversão, liberdade e criatividade.

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